sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Silicone, prédios e enchentes

Vivemos dentro de uma bolha ou somos os "bolhas". Ambas opções são corretas, certamente. Primeiro foi o silicone que estourou. Quando você vê escrito “Made in France” em algum produto pensa logo que é coisa fina. Pois a fábrica desta bagaceira parecia um barracão de qualquer periferia brasileira. Um velho colunista social chamado Ibrahim Sued e pai de tudo isso que depois virou pura futilidade diria: “Sorry periferia”. Vamos em frente.
O silicone é uma metáfora quase perfeita destes tempos vividos. É artificial, de aparência gelatinosa e preenche algum vazio interior, literalmente falando ou não. Pois ele estourou nos peitos que se pretendiam melhores e frustrou as frustrações que já eram grandes. O que estava durinho, caiu. E não foi pela lei da gravidade.
Prédios caem. Cada um tem o 11 de setembro que merece. E este fomos nós que produzimos. O Brasil sempre gera notícia pelo que deixou de fazer.
As águas de março sempre caem em janeiro. E assim os barrancos derretem. E os barracos se vão. E as pessoas choram. Lágrimas também caem.
Que o sol nasça e venha um outro dia! Nossa esperança deve nos preceder. Esta é a boa notícia que trago. 2012, meu chapa, estamos aí para o que der e vier.

Nenhum comentário: